Com apenas 23 anos, a alagoana Marta Vieira da Silva conseguiu se tornar a jogadora que mais venceu o prêmio de melhor do mundo da Fifa, nesta segunda-feira, em Zurique, na Suíça. Marta foi a mais votada pela quarta vez consecutiva, premiada em 2006, 2007, 2008 e 2009 A brasileira conquistou mais um troféu ao vencer a disputa com a também brasileira Cristiane, as alemãs Birgit Prinz e Inka Grings, além da inglesa Kelly Smith, e deixou para trás o brasileiro Ronaldo e o francês Zinedine Zidane, ambos com três títulos na premiação anual. Além deles, a alemã Birgit Prinz também venceu três vezes o prêmio.
Neste ano, Marta conquistou três títulos atuando por duas equipes diferentes. No primeiro semestre, a brasileira foi campeã da temporada regular do Campeonato Profissional dos Estados Unidos, pelo Los Angeles Sol, além de conquistar a Copa do Brasil e a Copa Libertadores da América, atuando pelo Santos.
Marta também já havia recebido outros prêmios neste ano atuando pelo futebol dos Estados Unidos. Ela foi eleita a melhor jogadora da temporada nos Estados Unidos, além de vencer a primeira edição do troféu Chuteira de Ouro, também no futebol norte-americano.
Antes de embarcar para Zurique e acompanhar a cerimônia da Fifa, Marta ainda conquistou com a seleção brasileira o título do Torneio Cidade de São Paulo, em que as jogadoras do Brasil derrotaram o México por 5 a 2.
"Foi um ano praticamente perfeito, fiz a minha estreia na liga americana. Tivemos uma temporada regular muito boa e acabamos perdendo no último jogo, mas foi muito positivo. De grande importância também foi não só a minha ida, mas a das meninas para o Brasil, para tornar o futebol feminino uma realidade", afirmou Marta na cerimônia de premiação.
Após ser escolhida novamente como melhor jogadora do mundo, Marta se emocionou, agradeceu às companheiras do Los Angeles Sol, do Santos e da seleção brasileira, esperando por mais atenção ao futebol feminino.
"Para mim é uma surpresa. É inevitável não se emocionar neste momento. O dia em que eu não me emocionar, não vou mais jogar futebol. Espero que não só para mim, mas para o futebol feminino, que seja um incentivo para que possa crescer cada vez mais", disse a melhor jogadora do mundo.
